gualdrapa - tradução para russo
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gualdrapa - tradução para russo


gualdrapa f      
попона
попона      
gualdrapa (f), xairel (m)
Ricardo Reis apareceu discretamente muito antes da hora marcada para a saída do préstito, de largo como lhe fora recomendado, não queria cair no meio duma refrega tumultuária, e ficou estupefacto ao dar com o ajuntamento, centenas de pessoas que enchiam a rua em frente do portão da morgue, seria como o bodo do Século se não fosse dar-se o caso de haver tantas mulheres vestidas de berrante encarnado, saia, blusa e xale, e rapazes com fatos da mesma cor, singular luto é este se são amigos do morto, ou arrogante provocação se eram inimigos dele, a cena mais parece um cortejo de entrudo, agora que vai saindo a carreta trapejando a caminho do cemitério, puxada por duas muares de penacho e gualdrapa, os dois polícias marchando um de cada lado do caixão, em guarda de honra ao Mouraria, são as ironias do destino, quem pudera imaginar, lá vão os cívicos com o sabre a bater na perna e o coldre da pistola desabotoado, e o acompanhamento em transe de lágrimas e suspiros, tanto agora clamando quem de encarnado vestia com quem de preto trajava, uns pelo que levavam morto, outros pelo que preso estava, muita gente descalça e coberta de trapos, algumas mulheres arreando luxo e pulseiras de ouro, pelo braço dos seus homens, eles de patilhas negras e cara rapada, azul da navalha, olhando em redor desconfiados, alguns arvorando insolências, gingando o corpo pelo quadril, mas em todos, também, transluzindo sob os falsos ou verdadeiros sentimentos, uma espécie de alegria feroz que reunia amigos e inimigos, a tribo dos cadastrados, das prostitutas, dos chulos, das mulheres por conta, dos vigaristas, dos arrebentas, dos gatunos, dos receptadores, era o batalhão maldito que atravessava a cidade, abriam-se as janelas para os ver desfilar, despejara-se o pátio dos milagres, e os moradores arrepiavam-se de susto, quem sabe se não vai ali quem amanhã lhes assaltará a casa, Olha mãezinha, isto dizem as crianças, mas para elas tudo é festa.      
Рикардо Рейс, стараясь не привлекать к себе внимания, появился задолго до выхода похоронной процессии, держался, следуя совету галисийца, подальше, ибо не хотел попасть в свалку, и каково же было его изумление при виде огромной, многосотенной толпы, запрудившей всю улицу перед моргом - все это напоминало бы достопамятную раздачу милостыни у здания газеты "Секуло", если бы не такое количество женщин в ярко-алых блузках, юбках, шалях и юношей в костюмах того же кричащего цвета, который можно было бы расценить как единственный в своем роде траур - в том случае, если это были друзья покойного - или высокомерный вызов - если они были его врагами, так что все это больше смахивает на карнавальное шествие; пара одров, украшенных траурными плюмажами, покрытых траурными попонами, повлекла катафалк, и по обе стороны от него шагали полицейские - кто бы мог подумать, что Мечеть будут хоронить с почетным караулом, какая ирония судьбы! - с одного боку пистолет в расстегнутой кобуре, с другой - побрякивающая о камни сабля, а вокруг слышатся рыдания, всхлипывания, стенания, вздохи, испускаемые и теми, кто оделся в красное, и теми, кто облачился в черное, одни оплакивают покойника, другие - арестованного, и много людей босых и оборванных, то есть босяков и оборванцев, но попадаются и расфуфыренные дамы в трауре, обвешанные золотом, их, недоверчиво оглядываясь по сторонам, ведут под руку сизовыбритые мужья в черных лакированных башмаках, однако и друзей усопшего, и недругов его, помимо особой, нагло-развалистой походочки, объединяет какая-то свирепая веселость, которая пробивается из-под искренней или напускной скорби: идет племя разномастных отщепенцев - проститутки, ворье да жулье, щипачи и барыги, и когда батальон этого сброда церемониальным маршем проходит по городу, из открытых окон, поеживаясь, взирают жители на обитателей Двора Чудес: как знать, нет ли среди них такого, кто завтра вломится в дом: Смотри, смотри, мамочка, кричат дети, но для детей, как известно, вce - развлечение.

Definição

Gualdrapa
f.
Xairel, espécie de manta, que se estende debaixo da sella, pendendo aos lados.
Ant.
Grandes abas de um casacão.
(Cast. gualdrapa)

Wikipédia

Gualdrapa

A gualdrapa é um personagem da festa do Belho que se realiza no dia 13 de Dezembro na aldeia de São Pedro da Silva. É um jovem rapaz vestido de mulher que leva à volta do pescoço um rosário de bulhacas (bugalha: excrecência redonda dos carvalhos). A gualdrapa anda pela aldeia com uma estaca de pau com bexigas de porco atadas e cheias de vento para as rebentar batendo com elas na cabeça das pessoas que encontra pelo caminho. Durante o dia, a gualdrapa entra nas casa das pessoas da aldeia sem pedir autorização, rouba as chouriças que encontra dentro da casa e depois corre porta fora para as levar a um homem que anda com os alforjes para que este as guarde. Inserida dentro da tradição dos roubos rituais e dos rituais de iniciação, a festa do Belho faz parte das festas invernais, que têm lugar entre o solstício de Inverno e o equinócio de Março. A gualdrapa pode ser comparada com com a tradição das Filandorras, com as "Madamas" de Rio de Onor, ou ainda com as "Mangongueiras" de Guadramil.[carece de fontes?]

A referência mais antiga a personagens semelhantes é da época visigoda no século VII, na crítica que Isidoro de Sevilha faz aos fieis que "adquirindo monstruosas aparências, se disfarçam ao modo de feras, outros tomam aspecto de mulheres, os homens efeminados(...)"[carece de fontes?]